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Aula Prática de Citologia

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ação do AAS na inflamação!

Artigo da SCIELO 2011


Metabolismo, oxidação e implicações biológicas do ácido docosahexaenoico em doenças neurodegenerativas

Metabolism, oxidation and biological implications of docosahexaenoic acid in neurodegenerative diseases


Patricia Postilione Appolinário; Priscilla Bento Mattos Cruz Derogis; Tatiana Harumi Yamaguti; Sayuri Miyamoto*
Departamento de Bioquímica, Instituto de Química, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Lineu Prestes, 748, 05508-900. São Paulo - SP, Brasil


INTRODUÇÃO
Os lipídios constituem um grupo heterogêneo de compostos que têm papel crucial na célula, cuja característica comum é a solubilidade em solventes orgânicos e insolubilidade na água. As funções biológicas dos mesmos são tão diversas quanto a sua química. Sua importância pode ser notada pelo número crescente de estudos apontando o envolvimento de seus produtos de oxidação e de disfunções no metabolismo de lipídios em doenças crônico-degenerativas.1-4
Os ácidos graxos são ácidos carboxílicos com cadeias de hidrocarbonetos contendo de 4 a 36 carbonos, sendo encontrados principalmente esterificados a triglicerídios, colesterol e fosfolipídios constituintes das membranas celulares. Eles podem ser classificados em saturados (contendo apenas ligações simples), monoinsaturados (uma ligação dupla) ou poli-insaturados (duas ou mais ligações duplas). Os ácidos graxos poli-insaturados podem ser representados usando-se a abreviação estrutural que os identifica única e exclusivamente através do número de carbonos e de duplas ligações. Também podem ser denominados a partir da posição das ligações duplas, em relação ao grupamento metila terminal, utilizando-se para tanto a denominação Ω ou n,5 sendo a denominação n a recomendada pela IUPAC.6
Estudos mostram que os ácidos graxos poli-insaturados n-3 (ômega-3) e n-6 (ômega-6) têm efeitos distintos nas células, sendo o primeiro associado a efeitos benéficos e o segundo, a efeitos deletérios.7,8 Os ácidos linoleico (18:2n-6) e linolênico (18:3n-3) são os precursores dos ácidos graxos n-6 e n-3, respectivamente. São considerados essenciais por não serem sintetizados de novo pelos tecidos de vertebrados, sendo necessária a ingestão destes pela dieta.9
O ácido docosahexaenoico (4,7,10,13,16,19-22:6, DHA) é um ácido graxo ômega-3 de 22 carbonos e 6 insaturações. Está enriquecido nas membranas neurais do córtex cerebral e na retina,10,11 onde 25-35% se encontram esterificados em aminofosfolipídios como a fosfatidilserina, fosfatidiletanolamina e em plasmalogênios.12,13 O DHA constitui > 17% do peso total de ácidos graxos no cérebro de ratos adultos e > 33% do total de ácidos graxos na retina.14,15 O acréscimo do DHA no sistema nervoso central ocorre ativamente durante o período de desenvolvimento perinatal.12,16 Está envolvido no funcionamento da memória,17 na função excitável da membrana,18 biogênese e função de células fotorreceptoras,19 sinalização neuronal20 e neuroproteção.21,22
Neste artigo de revisão são abordados os principais aspectos relacionados ao metabolismo, à oxidação (enzimática e não enzimática) do DHA, bem como são mostrados e discutidos os aspectos recentes sobre as implicações deste ácido graxo em doenças neurodegenerativas.

SÍNTESE E METABOLISMO DO DHA EM MAMÍFEROS

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Artigo da SCIELO 2011

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